NOTA DE REPÚDIO SOBRE ABORDAGENS TRUCULENTAS NAS UNIVERSIDADES.
- ENESSO R2
- 7 de fev. de 2017
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NOTA DE REPÚDIO SOBRE ABORDAGENS TRUCULENTAS NAS UNIVERSIDADES. A Coordenação Nacional da ENESSO, vem por meio desta nota, declarar total repúdio à abordagem policialesca que ocorreu na noite de 28/01/2017, no Conselho Regional de Entidades Estudantis de Serviço Social - CORESS na Região II. Este espaço ocorreu na Universidade Federal da Paraíba. No sábado 28/01, estudantes que estavam construindo o CORESS sofreram uma abordagem de forma truculenta por 3 seguranças internos da Instituição, no local, as/os estudantes estavam dançando e consumindo bebidas alcoólicas (nada além do que já ocorre nas culturais dos espaços do MESS) porém, estes seguranças, invadiram a calçada com suas motos e antes mesmo de se identificarem, realizaram uma filmagem das bebidas e de todos os estudantes presentes. As/os estudantes questionaram o motivo da abordagem e das filmagens, os seguranças afirmaram que não poderia ser ingerido bebidas alcoólicas naquele local. Até então, as/os estudantes não tinham sido informadas/os que não poderia ingerir bebidas alcoólicas na UFPB, mas não se negaram em guardar as bebidas. As/os estudantes após guardas as bebidas continuaram questionando a forma truculenta da abordagem e pediram para os seguranças apagassem as imagens que foram filmadas sem autorização. Os seguranças se negaram apagar a filmagem e informaram que para realizarem qualquer outro questionamento seria necessário irem até a Base de Segurança, que se encontrava à alguns metros do local, para que pudessem resolver o caso. Estes estudantes foram até a Base para resolver a questão das imagens filmandas indevidamente e denunciar a abordagem truculenta, porém, foram surpreendidos por um superior da Base que tratou o caso sem muita importância, naturalizando esse tipo de conduta policialesca utilizada pelos três seguranças. Após bastante diagolo e pressão com os/as estudantes, o Superior da base se reuniu com os seguranças e o vídeo foi apagado na frente de uma companheira que se reuniu com eles, representando o coletivo. Vale frisar que a todo momento esta companheira da Região II e do coletivo do Encontro das Escolas de Fortaleza, foi intimidada pelos "profissionais" da Base, que usaram do abuso de poder e da naturalização da situação para tentar deslegitimar o seu direito de ter suas imagens apagadas. (Direito este, garantido em nossa Constituição Federal de 1988, no Artigo 5°, X e XXVIII) Este inaceitável acontecimento, é um reflexo desta atual conjuntura permeada de retrocessos, no qual percebemos um considerável aumento nos casos de violação de direitos e naturalização das abordagens policialesca e truculentas. É inadimicivel que esses casos se repitam e se proliferem dentro das Universidades, que no caso, é um local que estes estudantes deveriam se sentir pertencentes à este espaço, estão se sentindo violados depois de tantos casos de abordagens despreparadas. É notório que estes retrocessos nos afetam diretamente em todos os aspectos, sobretudo, os espaços do MESS. É necessário nos fortalecer enquanto Executiva para que possamos combater estes casos abusivos. Se a Universidade deve se pintar de povo, que seja povo livre e, não povo oprimido. A ENESSO repudia esta militarização que assombra as nossas construções coletivas. ENESSO É PRA LUTAR.
GESTÃO: Quebrando Pedras e construindo Resistência - 2016/2017.
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